segunda-feira, 26 de abril de 2010

Textos para o curso de Interpretação bíblica - IB Heliópolis - Pág. 2



O QUE É INTERPRETAÇÃO?
A palavra grega (hermeneia) ocorre em 1Coríntios 12.10:
“e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas”.


Portanto, o primeiro sentido da palavra é a “tradução” de um idioma para outro. Nesse sentido, toda e qualquer versão da Bíblia é, em si mesma, uma forma de interpretação dos originais.


A palavra ocorre, também, em Lucas 24.27: “E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras”


O verbo grego traduz as idéias de:
· Explicar
· Expor

Referindo-se ao sentido pretendido pelo autor do texto bíblico.
Essa é a ação do evangelista Filipe, com um etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes (At 8.25-35).

O TRIPÉ DA INTERPRETAÇÃO
  
A autoria da Bíblia é de Deus, porque ela é o registro escrito da sua revelação, mas os homens que a escreveram precisavam ser capacitados por Deus para fazê-lo. Esta capacitação é chamada na Bíblia de inspiração.
A passagem-chave para o entendimento desta palavra é 2Timóteo 3.16,17. Vale a pena ler: 
“Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra”.

Preste atenção nas palavras em destaque. 
Primeiro, quando Paulo escreve “Toda”, neste versículo, refere-se ao conteúdo total da revelação divina no Antigo Testamento. Era a Bíblia que a igreja primitiva tinha nas mãos, o livro que anunciava a vinda do Salvador. De certo, podemos aplicá-la, também, ao Novo Testamento, do qual o próprio versículo faz parte, e que se constituiria no cumprimento da revelação.


A palavra “inspirada”, por sua vez, significa “soprada por Deus”, ou seja, comunicada aos escritores por Deus, por meio do seu Santo Espírito. Para entender melhor, leia Hebreus 1.1: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo” (1.1,2).


Deus inspirou os escritores da Bíblia a escrever sua revelação, tocou-os profundamente, orientou-os na escolha e interpretação dos fatos. Por isso, podemos confiar na Bíblia.

Portanto, o tripé da interpretação:
O autor - O texto - O leitor: o leitor moderno precisa chegar ao evento narrado, descrito, vivido pelo autor. O evento não existe mais, apenas seu registro (o texto), que é o meio pelo qual o leitor tenta se aproximar do autor e de seu mundo (contexto) 

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