quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A expansão do evangelho - as viagens de Paulo

O tema deste domingo, A expansão do evangelho, tem muito a ver com as alterações do espaço geográfico ao longo da história.

Mas como era antes? Civilizações conhecidas que habitavam a Ásia Menor, sumérios, fenícios e babilônicos, formaram cidades-estado politicamente independentes umas das outras. O território era organizado de forma a englobar a própria cidade e as áreas a ele adjacentes.

Era importante a figura do rei, que detinha o poder político. A configuração social e política dessas cidades-estado era formada por elites (reis, nobres, sacerdotes e militares).

Das cidades-estado aos impérios

Ao ocupar novos territórios, ao anexar outros territórios, ao expandir o próprio território, as cidades-estados cedem lugar a uma outra forma de organização espacial e territorial, ligados a um poder central: os impérios da antiguidade.

À época de Paulo vigorava no mundo um poder imperial, considerado "o mais importante para a civilização ocidental, em virtude de seus legados, muitos dos quais perduram até hoje" (MORAES, P.R. Geografia geral e do Brasil, ed. Harbra, p. 221)

O império romano começou sua expansão a partir da cidade de Roma, na península itálica. Roma tornou-se a capital do império, que chegou a estender seus limites pela maior parte do mundo conhecido na época, ao redor do Mar Mediterrâneo.

Paulo, que possuía a cidadania romana, uma vez convertido (At 9), tornou-se o maior representante das missões cristãs. Suas viagens, da Palestina para a Ásia, depois, alcançando a Europa, marcaram o sucesso espiritual da missão.

Para o império, a missão cristã era considerada algo desleal politicamente, sendo, portanto, constantemente considerada um ameaça punível com a morte.

Mas Paulo pôde utilizar-se das estruturas de base, mantidas pelo império (estradas, teatros, praças etc.), para cumprir sua missão: tornar o evangelho de Cristo conhecido no mundo.

As datas aproximadas da vida e ministério de Paulo:

-Por volta do ano 5: nascimento em Tarso.
- Por volta do ano 11: começa a frequentar a escola da sinagoga.
- Por volta do ano 35: a “conversão”.
-Anos 46 a 48: primeira viagem
-Anos 49 a 52: segunda viagem
-Anos 53 a 57/58: terceira viagem
-Anos 59 a 62: quarta viagem
-Anos 64-68: martírio, em Roma.


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Igreja e testemunho do evangelho

Inácio de Loyola, fundador da “Companhia de Jesus” teria dito, no intuito de combater a Reforma Protestante:

“Eu acredito que o branco que eu vejo é negro, se a hierarquia da igreja assim o tiver testemunhado”.

Essa triste realidade é cada vez mais presente na liderança eclesiástica. Vez por outra, tanto pastores como ovelhas que exercem liderança acham que suas palavras ou modelos de interpretação determinam a vida e as ações dos outros.

Uma coisa que aprendi, como pastor, é que o Espírito fala em nossos corações, muito antes de qualquer pessoa o fazer.

Cabe a nós, cristãos fiéis a Deus, nos libertarmos dessa miopia espiritual, a tal da obediência cega e irracional que muitos líderes de igrejas hoje pregam... E, do outro lado da equação, que muitas igrejas, também, querem impingir aos seus líderes.
Se você for uma ovelha no rebanho, faça como os cristãos de Beréia fizeram no seu tempo: "receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim" (At 17.11).

Se você for uma ovelha do rebanho, aja  como pediu Paulo aos romanos, viva cheio de bondade, cheio de todo o conhecimento e seja capaz de admoestar e ouvir admoestações (conselhos), com o auxílio da Palavra (Rm 15.14).

Mas se você for um pastor ou líder do rebanho, ore. Ore muito, para que "Tão somente te dê o Senhor prudência e entendimento para governares sobre Israel, e para guardares a lei do Senhor teu Deus" (1Cr 22.12).

Em minhas duas décadas de pastorado, tenho dito:
"Eu NÃO acredito que o branco que eu vejo é negro, se a hierarquia da igreja assim o tiver testemunhado”

Num mundo míope, supersticioso e insensível em que vivemos, aprendi que não há nada tão difícil do que liderar o rebanho "de Deus"... Se fosse meu o rebanho, com certeza, eu não teria mais forças para continuar. Mas como, debaixo do pastoreio do Senhor ressurreto, prossigo, posso orar. Orar muito. Para continuar.

E você, acredita "que o branco que vê é negro, se a hierarquia da igreja assim o tiver testemunhado”? Espero que não.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Comunicado de missões portas abertas

Comentando a lição da EBD, domingo 10 de outubro

REFLEXÃO
Perseguições e expansão missionária

Nem sempre a expansão do evangelho (teor da mensagem da salvação, que pregamos) está ligada à perseguição religiosa. Entretanto, não é de hoje que percebemos um recrudescimento das perseguições a cristãos, principalmente, na Ásia e Oriente Médio.

Temos lido relatos preocupantes de violências contra missionários na Índia, em países islâmicos e recebemos, com certa frequência, pedidos de oração por missionários e suas família, vítimas de maus tratos, prisão e às vezes, de morte.

Olhando para a missão cristã, nos seus inícios, percebemos um movimento das regiões mais pobres (Palestina) para o que poderíamos chamar "Primeiro Mundo" da época, a capital do império romano, Roma.

Isso me faz pensar nos motivos da perseguição romana: a ameaça de questionamento da realidade presente (um modelo social e econômico opressor, escravocrata), por meio de um Rei verdadeiramente  supra-humano, Jesus, Senhor dos senhores. Tal afirmação, da existência de um poderio maior que Roma soava como blasfêmia, pois se pensava no imperador como uma figura divina.

O evangelho está para desbaratar impérios maléficos e pecaminosos. Vale a pena arriscar tudo, inclusive a própria vida, para que o mundo possa ser liberto das amarras do pecado e de seu algoz, o diabo.

Por isso continuamos enviando missionários, continuamos orando por missionários, continuamos indo como missionários.